Diversas são as posições que ocupam as mulheres no mercado de trabalho, elas podem estar na política, na ciência ou na economia. Algumas delas são empreendedoras, médicas, juízas e doutoras; mas a verdade é que, independentemente da profissão, todas as mulheres batalham muito para conseguir chegar a um nível mais alto em suas carreiras, e para isso muitas vezes precisam enfrentar diversos desafios em suas jornadas.
É importante sabermos que o cenário que as mulheres ocupam hoje é muito recente, que antes mesmo de 100 anos atrás, muitas mulheres eram obrigadas a ser sustentadas por seus maridos, ou no caso de estarem viúvas, passavam a fazer costura, bordados ou doces para vender, ou dar aulas particulares, o que também não era aceitável naquele tempo.
Hoje, em homenagem ao mês que se comemora o Dia Internacional da Mulher, vamos fazer uma pequena retrospectiva da evolução da mulher no mercado de trabalho, do século XX até os dias atuais. Afinal, nada melhor do que uma visão do passado para entendermos nosso presente e criarmos novas perspectivas para o futuro.
A mulher inserindo-se no mercado de trabalho
Os momentos principais da História, que foram os marcos da inserção da mulher no mercado de trabalho, foram a I e a II Guerras Mundiais. Isso porque muitos dos maridos na época foram enviados para a frente de batalha e as mulheres, então, passaram a assumir os negócios de seus maridos ou começaram a trabalhar para garantir o suprimento básico da família. O mesmo aconteceu no pós-guerra, quando alguns maridos não voltaram, ou voltaram lesionados e impossibilitados de voltar às atividades que antes exerciam. Sendo assim, as mulheres foram à luta.
O século XIX também foi um marco para a organização do trabalho feminino. Isso porque, com a consolidação do sistema capitalista e a Revolução Industrial, surgiram novas possibilidades de ocupações e a maioria das mulheres passaram a trabalhar nas fábricas. Com isso, foram criadas algumas leis para beneficiar as trabalhadoras e, mesmo assim, as mulheres ainda eram exploradas, com jornadas exaustivas de 14 a 18h e salários muito abaixo do que os homens recebiam para exercer funções semelhantes. A justificativa era: “a mulher não precisa ganhar o equivalente ao homem, pois já são sustentadas por seus maridos”.
A mulher no mercado de trabalho nos dias atuais
Basta observarmos nas empresas o quanto as mulheres já se encontram em um cenário totalmente diferente, comparado aos séculos XIX e XX, e ainda que as desigualdades estejam presentes, vemos um significativo avanço. Falando em números, no Brasil as mulheres ocupam 41% da força de trabalho, mas somente 24% delas ocupam cargos gerenciais. Essa informação é muito importante, no entanto, refere-se a ocupações menos qualificadas, ou seja, que não demandam uma formação tão alta. O lado bom, dependendo do ponto de vista, é que as mulheres que conseguem chegar ao topo, conseguem quase alcançar a remuneração dos homens.
Nos dias atuais, as mulheres são maioria no ensino superior, mas ainda são minorias em cargos gerenciais ou executivos. A realidade pode ser um pouco assustadora, mas se analisarmos com olhos otimistas, podemos perceber que as mulheres que viveram em décadas passadas não tinham as mesmas oportunidades e os mesmos direitos que as mulheres atualmente possuem. Por isso, em um futuro próximo, a tendência é reverter-se gradualmente esse cenário e cada vez mais mulheres passarem a ocupar espaços que antes eram somente palco para a atuação masculina.
O progresso das mulheres
O ingresso da mulher no mercado de trabalho é um processo lento, mas sólido, os números em pesquisas sobem a cada dia. Um ponto, que é uma particularidade das mulheres em relação aos homens, é a responsabilidade que elas costumam assumir de forma mais ativa nos trabalhos domésticos, até mesmo como uma forma instintiva. Ou seja, acaba que as mulheres trabalham duplamente, como profissionais e em seus lares, sejam como mães ou esposas, e mesmo que seus maridos “ajudem” nessas tarefas, a força maior sempre fica com as mulheres.
Uma grande questão fica em nossa mente, levando em consideração que as mulheres são a maioria (segundo as pesquisas do IBGE de 2022, são 48,9 % de homens e 51,1% de mulheres no Brasil), levantam-se a perguntas: se elas são mais da metade da população, por que não constituem mais da metade também dos líderes empresariais e dos cargos políticos? Por que elas não são mais da metade dos médicos e engenheiros?
Isso responde-se, primeiramente, por todo fator histórico que já mencionamos, como o fato das oportunidades anos atrás, até mesmo na vida acadêmica, não serem as mesmas que as mulheres têm hoje. Além disso, um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, traz a visão de que a ascensão da mulher é uma questão que só o tempo responderá, sendo assim é inútil fazer projeções.
As mulheres estão crescendo no mercado de trabalho brasileiro
No Brasil, as famílias comandadas por mulheres aumentaram de 18% para 25% do total. Outro ponto de destaque é que a média de escolaridade dessas “chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. Apesar de cada vez mais mulheres estarem cursando o ensino superior, ainda há uma alta taxa de analfabetismo, de 19,1%.
Outro fator que muitas vezes prejudica a carreira das mulheres nos tempos atuais é a maternidade precoce. Muitas jovens são mães antes mesmo dos 15 anos e, depois, dedicam-se exclusivamente a cuidar da criança e muitas vezes não retomam seus estudos. Elas podem ir para o mercado de trabalho, no entanto a carreira fica estagnada quando não se qualificam da maneira que deveriam, através do ensino superior ou cursos técnicos especializados.
A educação é a chave para as mulheres avançarem cada vez mais
Para todas as pessoas a educação é fundamental, afinal não tem como ser um médico sem cursar medicina, nem ser um arquiteto sem estudar arquitetura, enfim, para todas as profissões e todos os gêneros, a porta sempre será a educação. Através da educação, plantamos hoje o que esperamos colher no futuro e para escrevermos uma frase de esperança, podemos dizer: as mulheres têm, sim, muito futuro em nosso país, desde que estejam qualificadas para o mercado de trabalho.
A pequenos passos entre longas e belas histórias, as mulheres tomam o seu espaço e hoje não precisam “gritar” tanto como antes precisavam para serem ouvidas. A mulher tem voz, a mulher é a maioria, a mulher tem talento, a mulher tem potência. E através de todas essas qualidades e de todas as conquistas femininas, a mulher está cada vez mais pronta para derrubar barreiras e seguir em frente, uma por todas e todas por uma. Em uma só voz por todas, mas em um único caminho solitário na escalada de seu futuro.
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Neste “Mês das Mulheres”, desejamos cada vez mais sucesso às mulheres do nosso país, a todas as colaboradoras que fazem e fizeram história conosco. Honramos todo talento e dedicação com que sempre realizaram suas atribuições.
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