Uma pesquisa da Grant Thornton, empresa de serviços financeiros e trabalhistas, trouxe dados importantes a respeito de outsourcing (termo da língua inglesa que se refere aos serviços terceirizados) no Brasil. O País é o recordista de terceirizações no setor de contabilidade, área em que é comum também o auxílio com um software. Segundo o estudo, cerca de 53% dos executivos do Brasil possuem a intenção de transferir para outras empresas os setores contábeis, enquanto a média mundial é de 40%.
A pesquisa, realizada em 45 países, com 3,3 mil líderes empresariais, revelou ainda que os setores mais terceirizados, depois de contabilidade (78%) e fiscal (63%), são os de tecnologias da informação (53%), recursos humanos (36%) e os demais serviços financeiros (20%). De acordo com uma declaração de Denis Satolo, sócio da Grant Thornton Brasil, os altos índices indicam que os empresários veem a terceirização como uma maneira de focar a energia no negócio, ao invés de colocar muitos investimentos no back-office.
Dados revelam mudança de comportamento
A pesquisa também indica que os empresários brasileiros estão vendo na terceirização a maneira ideal de reduzir custos e aumentar a eficiência. A partir desta alternativa, existe um alcance mais fácil a profissionais especializados e diminuição de riscos para a companhia.
Ainda de acordo com o Satolo, isso indica que uma velha visão está deixando de fazer sentido para os empresários. Antigamente a terceirização era vista como perda de controle e eficiência, porém, atualmente, é comprovado que a prática traz mais domínio financeiro e segurança. Além disso, a empresa atua mais protegida contra as sanções da lei que visam acabar com a corrupção também no setor privado.